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alfinetes, pode ser considerada como tendo feito 4.800 alfinetes. Mas se
tivessem trabalhado separada e independentemente, e sem que nenhuma
delas estivesse preparada para a sua tarefa, certamente não fariam, cada, nem
20, nem talvez um alfinete por dia. Ou seja, nem uma parte infinitesimal do
que são capazes de fazer em conseqüência da adequada divisão e
combinação de suas diferentes operações.
E daí? Suponhamos que concordemos com Adam Smith em que a divisão
do trabalho, devido à maior habilidade, economia de tempo, eficiência geral
etc., aumenta a produtividade do trabalho. Que tem isso a ver com o
comércio livre?
Tem muito. Porque a divisão do trabalho é determinada pelo tamanho do
mercado, disse Adam Smith: "Como e a capacidade de troca que dá ocasião
à divisão do trabalho, assim essa divisão deve ser sempre limitada pelas
proporções dessa capacidade ou, em outras palavras, pelo tamanho do
mercado. Quando este é muito pequeno, ninguém terá estímulo para se
dedicar inteiramente a um emprego, por falta de capacidade de trocar toda a
parte excedente do produto de seu trabalho, que estiver acima de seu
consumo, pelas partes do produto do trabalho de outro homem, segundo a
oportunidade."
Se a maior produtividade é proporcionada pela divisão do trabalho, e a
divisão do trabalho é limitada pelo tamanho do mercado, então, quanto maior
este, tanto maior o aumento da produtividade - isto é, tanto maior a riqueza
da nação. E como com o comércio livre os mercados se ampliam ao máximo
possível, temos também a máxima divisão do trabalho possível, e, portanto,
um aumento da produtividade também ao máximo possível. Portanto o
comércio livre é desejável.
Isto está meio complicado. Eis uma simplificação:
1. O aumento da produtividade ocorre com a divisão do trabalho.
2. A divisão do trabalho aumenta ou diminui segundo o tamanho do
mercado.
3. O mercado se amplia ao máximo possível pelo comércio livre. Portanto,
o comércio livre proporciona a maior produtividade.
Mais uma coisa. O comércio livre entre países representa a divisão do
trabalho levada ao seu mais alto ponto. Apresenta as mesmas vantagens em
escala mundial que a divisão observada na fábrica de alfinetes de Adam
Smith. Permite a cada país especializar-se nas mercadorias que pode
produzir a menor custo, e com isso aumenta a riqueza total do mundo.
Mas foi como um revoltado contra a restrição, regulamentação e contenção
que apresentamos Adam Smith no começo deste capítulo. Que disse ele
sobre a interferência na indústria? Na citação seguinte, condena a
interferência governamental e pede a liberdade: Cada sistema que procura,
seja pelos estímulos especiais, atrair para determinada espécie de indústria
uma parte maior do capital da sociedade do que seria natural; ou pelas
restrições extraordinárias, afastar de uma espécie de indústria parte do
capital que de outro modo nela seria empregado, é em realidade subversiva
ao grande propósito que pretende realizar. Retarda, ao invés de acelerar, o
progresso da sociedade no sentido da verdadeira riqueza e grandeza; e
diminui, ao invés de aumentar, o verdadeiro valor do produto anual de sua
terra e trabalho.
Todos os sistemas, seja de preferência ou contenção, portanto, devem ser
afastados, estabelecendo-se o simples e óbvio sistema de liberdade natural.
Todo homem, desde que não viole as leis da justiça, fica perfeitamente livre
de procurar atender a seus interesses, da forma que desejar, e colocar tanto
sua indústria como capital em concorrência com os de outros homens, ou
ordem de homens.
Releiamos a última frase e veremos prontamente por que The Wealth of
Nations tornou-se a Bíblia dos homens de negócios num período em que os
negócios eram muitos, mas prejudicados a todo momento pelos
regulamentos restritivos.
CAPÍTULO XIII
"A Velha Ordem Mudou ...
QUE pensaria o leitor de um governo que taxasse os pobres, mas não os
ricos? Totalmente louco, seria seu primeiro pensamento; refletindo, poderia
ocorrer-lhe que, de certa forma, é o que o governo dos Estados Unidos está
fazendo hoje. Haverá naturalmente muita gente para discordar disso - gente
que procuraria provar que os ricos nos E. U. A. pagam uma proporção de
impostos mais do que justa: Mas quanto ao fato de que o governo francês do
século XVIII realmente cobrava impostos dos pobres, e não dos ricos, não
pode haver discordância.
E não pode haver porque as próprias classes privilegiadas admitiam estarem
isentas praticamente de todas as taxas da época. O clero e a nobreza
julgavam que seria o fim do país se, como a gente comum, tivessem de
pagar impostos. Quando o governo da França estava em má situação
financeira, com as despesas se acumulando rapidamente e deixando muito
longe a receita, ocorreu a alguns franceses que a única saída dessa
dificuldade era cobrar impostos dos privilegiados. Turgot, Ministro das
Finanças em 1776, tentou pôr em prática algumas reformas - muito
necessárias - do sistema fiscal. Mas os privilegiados não queriam saber disso.
Cerraram fileiras em torno do Parlamento de Paris, que assim definiu,
claramente, sua posição: A primeira regra da justiça é preservar a alguém o
que lhe pertence: essa regra consiste não apenas da preservação dos direitos
de propriedade, mas ainda mais da preservação dos direitos da pessoa,
oriundos de prerrogativas de nascimento e posição Dessa regra de lei e
eqüidade segue-se que todo sistema que, sob a aparência de humanitário
e beneficente, tenda a estabelecer uma igualdade de deveres e destruir as
distinções necessárias levará dentro em pouco à desordem (resultado
inevitável da igualdade) e provocará a derrubada da sociedade civil. A
monarquia francesa, pela sua constituição, é formada de vários Estados
distintos. O serviço pessoal do clero é atender às funções relacionadas com a
instrução e o culto. Os nobres consagram seu sangue à defesa do Estado e
ajudam o soberano com seus conselhos. A classe mais baixa da Nação, que
não pode prestar ao rei serviços tão destacados, contribui com seus tributos,
sua indústria e seu serviço corporal. Abolir essas distinções é derrubar toda a
constituição francesa.
O clero e a nobreza eram as classes privilegiadas. Chamavam-se de Primeiro
Estado e Segundo Estado, respectivamente. O clero tinha cerca de 130.000
membros, e a nobreza aproximadamente 140.000. Embora fossem as classes
privilegiadas, nem sempre eram ricos ou viviam na ociosidade. Havia bispos
muito ricos e nobres muito ricos. Havia sacerdotes que trabalhavam muito e
nobres também. Como havia ociosos na Igreja e na nobreza. E, em meio
destes, havia também outros grupos.
A classe sem privilégios era o povo, a gente comum, que tinha o nome de
Terceiro Estado. Da população de 25 milhões de habitantes da França, [ Pobierz caÅ‚ość w formacie PDF ]

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